Ao desvincular o benefício do mínimo, a correção das pensões não deverá ser mais anual, como ocorre atualmente, mas conforme a decisão do Congresso.
De acordo com a reportagem, 55% dos 7,41 milhões de pensionistas ganham hoje um salário mínimo por mês. Esse percentual é que deve ser o mais prejudicado.
Além de permitir pensões abaixo do salário mínimo, a reforma da Temer cortará em até 40% o valor do benefício. Pela proposta, haverá uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria do falecido. O restante será adicionado entre os dependentes na proporção de 10% para cada um até o limite de 100%.
Uma pensionista que não tenha filhos [ou que sejam maiores de 18 anos], por exemplo, só receberá uma pensão equivalente a 60% da aposentadoria do marido morto.
"Essa reforma ataca os trabalhadores da ativa, os aposentados e as pensionistas. É uma crueldade desmedida. Precisamos lutar com todas as nossas forças para barrá-la no Congresso Nacional. Só a mobilização dos brasileiros será capaz de deter esse enorme ataque", avaliou a vice-presidente da Admap, Zélia Alcântara.