População pede socorro

Temporais e negligência de governos castigam Rio Grande do Sul

Temporais e negligência de governos castigam Rio Grande do Sul
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Sob fortes chuvas nos últimos dias, num chamado evento climático extremo, a população do Rio Grande do Sul enfrenta um verdadeiro caos. Os números de mortos e desabrigados não para de crescer.

Até o dia 7 de maio, 90 mortes haviam sido confirmadas, mas o número de vítimas fatais pode ser bem maior. Mais de 130 pessoas permanecem desaparecidas.

Ao todo, os temporais já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho, de acordo com a Defesa Civil.

As cenas são as mais trágicas: bairros inundados, casas submersas, famílias ilhadas em busca de resgate e falta de água e luz. 

As fortes chuvas que caem sobre o Rio Grande do Sul são resultado de uma conjunção de fatores meteorológicos, mas ambientalistas e climatologistas afirmam que o pano de fundo para essa situação é a crise climática em curso em todo o planeta, responsável por eventos cada vez mais extremos, de temporais a secas.

Crise climática - é bom ressaltar - que tem as digitais da ação humana e, sobretudo, do sistema capitalista.

Mas a negligência e incompetência dos governos, nas três esferas (federal, estadual e municipais), não podem ser ignorada.

“É uma tragédia anunciada. Esses eventos climáticos extremos são consequência do capitalismo cada vez mais destrutivo, que prioriza o agronegócio que desmata, envenena o solo, a especulação imobiliária, as privatizações, medidas que agravam a crise climática e gera esse caos. E quem mais sofre é a população mais vulnerável, os mais pobres, a classe trabalhadora, indígenas, quilombolas, ribeirinhos”, afirmou Rejane Oliveira, professora em Porto Alegre (RS) e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas (central a qual a Admap é filiada).

“Ao mesmo tempo, não existe uma política preventiva, de enfrentamento e para mitigar os efeitos dessa crise climática. Não há verba para resolver esses problemas no estado, mas tem para pagar a Dívida Pública a banqueiros. Sem falar nas privatizações. A Corsan e a CEE Equatorial foram privatizadas e agora em meio a esse caos simplesmente não se responsabilizam pela falta de água e luz”, acrescenta.

Campanha de solidariedade
A CSP-Conlutas se solidariza com a população do Rio Grande do Sul e se soma ao apoio às famílias atingidas. A Central deu início a uma campanha de arrecadação financeira, também apoiada pela Admap.

As doações serão destinadas pela direção estadual da CSP-Conlutas do Rio Grande de Sul à assistência de famílias atingidas.

As contribuições devem ser feitas via PIX, através da chave: financeiro@cspconlutas.org.br, ou ainda via depósito/transferência para Banco do Brasil, agência 3520-3, conta corrente 26261-7, CNPJ 07.887.926/0013-23, CSP-Conlutas Central Sindical e Popular.

Live nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira (9), a CSP-Conlutas realizará uma live para discutir essa tragédia climática e fortalecer a campanha de solidariedade.

A transmissão será feita pela página do Facebook e YouTube da Central, às 18 horas.

Com informações da CSP-Conlutas